Associação dos Participantes e Assistidos de Fundações e Sociedades Civis de Previdência Complementar da Área de Telecomunicações

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Fundos de pensão: Carta ao jornal – Fonte: Diário dos Fundos de Pensão

Última atualização em 19/01/2017 por admin

cartaReproduzimos em seguida mensagem do Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Marcondes Martins, ao jornal  O Globo:

 “Caro editor,

 Gostaríamos de esclarecer alguns pontos na reportagem “Fundos de pensão estão longe das melhores práticas de investimento, diz pesquisa”, publicada na sexta-feira dia 13 de janeiro último.

 A matéria começa estendendo as conclusões de um estudo, atribuído à consultoria Roland Berger, a todo o conjunto dos fundos de pensão quando, segundo os autores, foram observadas apenas quatro entidades no Brasil.

 O texto afirma que os fundos de pensão no Brasil não seguem as melhores práticas, mas não aponta quais seriam essas práticas (cita apenas a rentabilidade como referência). Fala da importância em observar a sustentabilidade dos investimentos no longo prazo, mas omite números que mostram que a performance dos investimentos dos fundos de pensão brasileiros é bastante positiva nesse horizonte. Conforme o último boletim consolidado do setor divulgado pela Abrapp, desde 2002 até setembro de 2016 os fundos acumulam rentabilidade 666,5% ante 380,1% da Bovespa, 541,2% do CDI e 531,2% da meta atuarial.

 O texto afirma, ainda, que a carteira dos fundos é focada no curto prazo porque não têm parcela significativa aplicada em renda variável.  Mas não menciona (talvez por desconhecimento) que os fundos têm parcela significativa aplicada em títulos públicos com diversos vencimentos – que em uma relação risco x retorno foram praticamente imbatíveis nos últimos anos. É preciso lembrar que o Brasil possui uma das taxas de juros reais mais altas do mundo. Os gestores de recursos de terceiros com objetivos de longo prazo não podem ignorar isso. Já a realidade dos mercados internacionais é muito diferente.

 Ainda segundo a reportagem, “No Brasil, o peso da renda variável na carteira dos fundos era de menos de 20% em 2014, e o retorno obtido com eles foi de menos de 1% entre 2010 e 2014”. Na verdade, de acordo com um estudo produzido pela Abrapp para o período, o retorno da renda variável em 200 fundações nesse período foi positivo em 17,76%, frente a um retorno negativo de 27,09% do Índice Bovespa. Ter uma performance tão superior ao benchmark é um sinal inequívoco da qualidade da gestão dos investimentos nos fundos de pensão.

A Abrapp sempre esteve, está e estará à disposição de O Globo para entrevistas e esclarecimentos. Nosso objetivo é ajudar na prestação de serviços e informações corretas e de qualidade aos leitores e a todos os brasileiros”   

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