Associação dos Participantes e Assistidos de Fundações e Sociedades Civis de Previdência Complementar da Área de Telecomunicações

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16 viram réus por fraude contra fundo de pensão – Fonte: O Globo

Última atualização em 05/07/2016 por admin

IrmaosMetralha
A juíza Adriana Alves dos Santos Cruz, da 5ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) e transformou em réus os 16 acusados de uma fraude estimada em R$ 90 milhões contra os fundos de pensão Petros, da Petrobras, e Postalis, dos Correios. Do grupo, fazem parte nove gestores dos fundos em 2011, incluindo o ex-presidente da Petros Carlos Fernando Costa e o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky.

 A denúncia do MPF, considerada a primeira de repressão aos milionários esquemas de fraudes e desvios de recursos fundações de previdência privada das estatais, também incluiu o empresário Ricardo Andrade Magro, dono da Refinaria de Manguinhos e ligado ao presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha; o ex-proprietário da UniverCidade Ronaldo Levinsohn; e o ex-presidente do Grupo Galileo Márcio André Lins Costa, que comprou a Universidade Gama Filho.

 Em 2011, a pretexto de salvar a Gama Filho, que estava à beira da falência, os acusados montaram uma operação fraudulenta que levou a Petros e o Postalis a adquirir R$ 97 milhões em debêntures (títulos mobiliários) do Grupo Galileo.

 Mas apenas uma pequena parte dos recursos captados entrou no caixa da Gama Filho. As investigações, conduzidas pelo MPF e pela Polícia Federal, comprovaram que a maior parcela do dinheiro foi parar nas contas pessoais de alguns dos réus e de terceiros, pessoas físicas e jurídicas, ligadas a eles.

 Na época, os dois fundos de pensão — o Postalis ficou com 75% dos papéis, e a Petros, com 22% — aceitaram como garantia a futura matrícula dos alunos do curso de Medicina da Gama Filho. Mas o Ministério da Educação, em seguida, descredenciou a universidade, que acabou falindo. Os dois fundos tiveram de amargar o prejuízo, que hoje, atualizado, está em R$ 90 milhões.

No dia 24 de junho, a Operação Recomeço prendeu sete dos acusados e cumpriu mandados de busca e apreensão em 12 endereços, sendo um em Brasília, um em São Paulo e os demais no Rio de Janeiro. Além disso, foi determinado o bloqueio de bens e ativos financeiros — inclusive os localizados no exterior — de 46 pessoas físicas e jurídicas, em valor superior a R$ 1,35 bilhão. 

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