Associação dos Participantes e Assistidos de Fundações e Sociedades Civis de Previdência Complementar da Área de Telecomunicações

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INVESTIMENTOS NO EXTERIOR: FOI DADA A PARTIDA – fonte Diário dos Fundos de Pensão

Última atualização em 06/02/2014 por admin

 

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Depois de quase um ano de discussão e estudos, na semana passada um grupo de fundos de pensão brasileiros realizou seu primeiro investimento no Exterior, dentro dos limites e do formato previsto na legislação. O fundo, constituído no Brasil sob a gestão da BB DTVM, denominado Fundo BB Multimercado BlackRock FI, investirá seus recursos em um fundo já existente no exterior, que possui gestão ativa e busca superar o índice MSCI Global. Outros fundos, igualmente administrados pela BB DTVM, deverão ser alvos de aportes na sequência, como resultado dos estudos, workshops e troca de ideias e informações que vinham envolvendo um grupo de 14 fundos de pensão e debatiam a questão desde o início de 2013. 

A Fundação Itaipu Brasil – FIBRA é uma das cotistas deste novo fundo, cuja aprovação interna de aporte ocorreu depois de análises elaboradas pela  equipe técnica, referendadas pela Diretoria, e submetidas ao Comitê de Investimentos e ao Conselho Deliberativo. Estes dois últimos colegiados são compostos por representação paritária entre indicados pela patrocinadora e eleitos pelos participantes.

Segundo Silvio Rangel (FOTO), Diretor-Superintendente da Fibra,  “decidimos destinar inicialmente um percentual inferior a 1% do patrimônio da entidade para este investimento, buscando incrementar a diversificação para melhorar a relação entre risco e retorno”. Estudos realizados demonstram que a baixa correlação entre os investimentos no exterior e os feitos no Brasil permite que a inserção desta classe de ativos melhore a fronteira eficiente, projetando um retorno esperado mais atrativo para o mesmo nível de risco, ou um risco menor para o mesmo retorno esperado. 

Aspectos considerados – Marcos Litz, gerente financeiro da Fibra, comenta que entre os vários aspectos considerados pela equipe técnica da entidade, um foi a complementaridade entre as ações que integram a Bolsa brasileira e as que compõem a carteira de outros países. Por exemplo, no Brasil ela está muito concentrada nos setores de commodities, financeiro e energia, ao passo que o índice MSCI possui maior exposição em saúde, tecnologia e máquinas industriais. Assim, ao investir no exterior, alcança-se um melhor balanceamento da carteira de renda variável, com uma exposição a setores em que há poucas empresas listadas no pregão brasileiro.

No cenário atual, em que as necessidades atuariais têm superado, em muito, as oportunidades de investimentos disponíveis aos fundos de pensão, parece inexorável que os investidores institucionais busquem alternativas para melhorar a rentabilidade e ou reduzir os riscos. E os investimentos no exterior, ao lado daqueles feitos em infraestrutura, private equity e na economia real, parecem ser apenas algumas das alternativas entre as muitas a serem estudadas, de acordo com o perfil e as necessidades do passivo atuarial de cada entidade, conclui Rangel.

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