Associação dos Participantes e Assistidos de Fundações e Sociedades Civis de Previdência Complementar da Área de Telecomunicações

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Corona Vírus- Como evitar o contágio – Fonte O Estado de São Paulo

Última atualização em 21/03/2020 por admin

Cuidados no dia a dia para evitar o contágio.

Da limpeza dos botões de elevador ao tamanho da barba, as recomendações para diminuir o risco de infecção pelo novo coronavírus passam por vários cuidados do cotidiano. As perguntas abaixo foram levantadas por leitores do grupo EstadãoInforma: Coronavírus, espaço para discussão e troca de informações sobre a pandemia criado pelo jornal no Facebook. As respostas têm como base entrevista com o infectologista André Ricardo Araújo da Silva, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), pesquisas científicas e reportagens do Estado. Qualquer usuário pode se inscrever e enviar suas dúvidas.

Qual a melhor forma de higienizar locais de uso comum, como elevadores, bancadas e maçanetas?

O álcool 70%, aplicado com pano ou papel, é o mais recomendado. Desinfetantes à base de cloro, encontrados normalmente em supermercados, também. Nos elevadores, por exemplo, é importante dar atenção aos botões, que são pontos em que muitas pessoas tocam. O fato de o vírus estar numa superfície não significa, necessariamente, que há quantidade suficiente para uma pessoa se infectar. Além do toque na superfície, há vários fatores que influenciam na infecção: o tempo em que a pessoa fica em contato com o vírus, o intervalo de tempo em que a pessoa lava a mão, entre outros.

Há algum risco de infecção no uso de equipamentos de biometria, em caixas eletrônicos ou portarias, por exemplo?

Sim, o risco existe. Em alguns locais de São Paulo e no Rio, as pessoas estão em situação de confinamento, mas eventualmente têm de sair para comprar comida ou ir à farmácia, por exemplo. Isso significa que o fluxo de pessoas por áreas comuns continua. Para prédios que trabalham com fechaduras biométricas, em que todos os moradores têm de colocar o dedo, uma sugestão é desativar temporariamente essa biometria.

O ideal seria usar portões automáticos que previnam as pessoas de tocarem no mesmo lugar. Em situações em que isso não é possível, o condomínio pode deixar um frasco de álcool em gel para quem passar pelo portão.

Ter barba aumenta risco de contaminação?

Sim. A barba espessa pode abrigar o vírus viável. Se a pessoa estiver gripada, ela pode eventualmente espirrar e alguma gotícula com vírus ficar na barba. Em seguida, se pessoa coçar a barba e apertar a mão de uma pessoa, ela pode de fato transmitir o vírus. Alguns serviços de saúde, em determinados países, fazem recomendações para o tipo de barba que profissionais podem ter. O objetivo é cumprir a função dos equipamentos de segurança como máscaras e luva pois, em algumas situações, a máscara não veda totalmente a barba.

Cédulas de dinheiro podem transmitir o vírus? Como lidar com isso?

Sim, existe esse risco, mas é algo possível de se controlar. A forma mais habitual do contágio é quando sua mão toca uma superfície contaminada, e depois vai a boca, nariz e olhos. Quando uma pessoa está contando dinheiro, por exemplo, é preciso tomar cuidado para não levar a mão ao rosto em seguida. É preciso também ter o hábito de higienizar as mãos durante o dia e após manipular o dinheiro, que é uma superfície que as pessoas tocam muito. Isso serve para qualquer superfície que é muito tocada pelas pessoas: maçaneta, alças e barras de apoio em ônibus e metrô.

O uso de anéis e relógio aumenta a chance de transmissão?

A mão só é adequadamente higienizada se não houver absolutamente nada nela – nem anel, nem relógio, nem fita de Nosso Senhor do Bonfim. Quando se higieniza a mão o espaço entre o anel e o dedo não fica completamente higienizado. Eventualmente, pode ficar sim uma partícula ali mesmo que se lave as mãos, e pode ser transmissível.

Quais são as recomendações para pessoas que precisam ter contato físico com outras, como cuidadores ou parentes de deficientes físicos, que precisam ajudar essa pessoa a sentar e sair de uma cadeira de rodas, por exemplo?

No caso de uma cuidadora, nesse momento de surto do coronavírus o ideal é que ela siga as mesmas orientações que há para os profissionais de saúde. Se a pessoa que precisa de ajuda está gripada, o cuidador deve usar os equipamentos de proteção: luvas, máscara e capote. Essa pessoa sempre deve fazer a higienização das mãos, antes e depois de ter contato com pessoas, pois na roupa e na pele podem estar secreções que fazem a transmissão. Se o paciente não está gripado e não há disponibilidade de equipamentos de proteção, é recomendável ao menos separar uma roupa para esse trabalho. Quando termina o trabalho, essa roupa deve ser guardada num saco plástico e ir para a máquina de lavar no fim do dia. Toda vez que se fizer esse movimento de “abraço” para colocar ou tirar a pessoa da cadeira de rodas, é preciso lavar as mãos com água e sabão ou álcool, antes e depois.

Se alguém compra um produto da China, corre risco ao abrir a embalagem?

Não. A infecção após tocar em uma superfície só ocorre quando existe tempo viável para que o vírus permaneça ali. É muito pouco provável que o vírus sobreviva a uma viagem num produto que vem da China. O contágio dessa forma teria mais chance de ocorrer num centro de distribuição brasileiro, se uma pessoa estivesse gripada, manipulasse o produto e imediatamente o entregasse. Ainda assim, é pouco provável que aconteça.

Os produtos refrigerados ou congelados podem carregar o vírus?

Não. A covid-19 é um vírus respiratório. A infecção ocorre a partir de secreção de uma pessoa doente. Até o momento, não há nenhum relato ou descrição científica de que o coronavírus contamine comida ou seja transportado dentro de produtos.

ASTEL – SÃO PAULO

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